Entrevistas Yoso

Segunda feira 17/03/2014 

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ENTREVISTA YOSO

      Segunda entrevista do Grupo Yoso, desta vez entrevistamos um artesão da cidade de juazeiro do norte-ce, na associação cultural mestre Noza. Adalberto Soares da Silva  foi o entrevistado da vez.

 

1 – Há quanto tempo trabalha com artesanato?

        Há 25 anos. Bastante tempo já.

 

2 – Que tipo de arte você trabalha e quais os MATERIAIS UTILIZADOS?

         Eu sou escultor, mas também restauro peças, ela pode ser de barro, gesso ou até mesmo de cimento. Os materiais que mais uso é o serrote, a machadinha, o formão, buril, goiva, o canivete.

 

3 – Tem algum artista que você se inspirou?

        Rapaz, eu me inspiro muito no meu irmão. Ele fazia imagens de santos e eu aprendi com ele. Inspiro-me muitos nas imagens que ele fazia. Eu achava MUITO BONITO os trabalhos dele.

 

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4 – Em média, quanto tempo leva para concluir uma obra?

 Pra deixar pronto, um lampião daquele (imagem ao lado ) eu passo três dias nele pra deixá-lo pronto.

 

5 – Há um tipo especifico DE MADEIRA para se trabalhar ou pode ser utilizada qualquer espécie?

            Trabalho mais com a madeira emburana de cambão, só QUE TEM outras madeiras que servem também, seria o cedro, o pessoal também faz de jaqueira, o pessoal faz mais também de louro canela, mas louro canela é mais pra talha, pra escultura mesmo as melhores são emburana e cedro, pois são melhores de trabalhar e DURA MAIS, é uma madeira muito boa de não pegar cupim, não rachar,é melhor também pra lixar

 

6 – Sendo o cariri uma região com muitos artesãos, você acha que estes profissionais são valorizados?

         Eu acho que deixa a desejar, devia ser mais valorizado, apesar de que quem valoriza mais é o pessoal de fora ele procuram mais, porque o pessoal da região confunde muito com as obras de gesso e gesso é barato, ai quando eles chegam numa loja pra comprar um Pe. Cícero de gesso, que custe uns 5,00 reais, ai um de madeira custaria cerca de 100,00 reais, por isso que não é tão valorizado, pois o pessoal daqui prefere o mais barato. Já os turistas preferem os de madeira, porque reconhecem a qualidade da obra e valorizam o trabalho do escultor que é manual e o gesso é forma.

          Às vezes eu to AQUI, ai chega gente com peça de madeira pra consertar, daí eu pergunto de quem é? A pessoa diz que é do bisavô, essa peça ta com mais de cem anos. Você comprar uma coisa hoje em dia pra passar mais de cem anos é porque o material é bom né.

7 – Para onde suas obras já foram vendidas?

Já vendi pra vários lugares, pra Portugal, Colômbia também já foi peça minha e é bom que é mais divulgação né. E no Brasil, todos os estados a gente vende peça.

 

8 – Você sempre trabalhou com artesanato, ou já pensou seguir outra profissão?

        Antes de eu aprender a fazer esculturas eu trabalhava como verdureiro, ai depois que eu aprendi comecei a gostar e até hoje nunca pensei em passar pra outro serviço não. Penso em cada vez mais ganhar conhecimento pra tá sempre melhorando.

 

9 – O centro mestre Noza é bem visitado por turistas ou você acha que falta mais divulgação na região?

         É bem visitado, mas ainda falta um pouco mais de divulgação, pois o local é um pouco escondido apesar de ser no centro da cidade. Tem muita gente que passa todo dia aqui em frente, mas não tem conhecimento de que o centro mestre Noza é aqui, acho que a entrada deveria ser mais aberta, de qualquer forma acho o local muito bom.

         A associação já tem 27 anos, daí é conhecida já, mas mesmo assim tem gente que vem de fora a procura do artesanato e fica procurando sem saber onde encontrar, porque falta mais divulgação. Até pessoas de Juazeiro que moram aqui há uns 40 anos e não conhece a associação. Teve uma mulher de outra cidade que veio aqui e ficou admirada com as obras, ela disse que veio várias vezes à cidade e não sabia que tinha essa associação. Às vezes tem turistas que dizem mais rapaz eu perguntei lá no hotel onde era o centro mestre Noza e não souberam me indicar. Por isso, acho que deveria haver uma maior divulgação pra tornar o centro mais conhecido tanto lá fora quanto aqui na região.

 

10 – Em qual parte do ano o movimento é maior?

         Aqui é bem visitado na romeirada, mas não que dizer por que é bem visitado, que venda mais, a gente vende mais peças nos meses de férias, pois vem muito turista de fora que compram muitas peças, no meio do ano e no final do ano, são as melhores partes do ano. O movimento é muito bom.

 

11 – Como começou o centro mestre noza?

         Aqui era o quartel antigamente, ai o quartel saiu daqui e foi pra outro local, daí este espaço ficou abandonado por muito tempo. O senhor Abraão Batista, que é um professor muito conhecido, ele gostava muito de arte e fez um projeto pro prefeito para que cedesse este espaço para o pessoal fazer uma associação, daí conseguiu o espaço e formou a associação com o intuito de dar um apoio aos artesãos. Já tem cerca de 27 anos do inicio da associação idealizada e fundada pelo professor Abraão Batista, se eu não me engano ele é professor da URCA e também é cordelista. Vez ou outra ele aparece por aqui, ele gosta de ver os artesãos crescerem.

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ENTREVISTA YOSO

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    O Informativo Yoso entrevistou a pessoa de Paulo André, autor do livro A Batalha de Heclãs. Essa entrevista foi publicada na 8ª edição do informativo grupo yoso. Para aqueles que ainda não tiveram acesso ao informativo, decidimos republicá-la tambem aqui no site.

 

1 - O QUE O MOTIVOU A ESCREVER UM LIVRO?
Assim. Vários fatores, leitura de livros, assistir super sentai na antiga rede manchete. rsrs. Eu me imaginava sendo um deles, daí fui inventando e escrevendo situações, com isso eu escrevi a minha primeira história aos 18 anos “seven wind” e depois de um tempo veio projeto Pulsar no qual eu mudei o nome para “heclãs”.

2 - VOCÊ PRETENDE ESCREVER UM OUTRO LIVRO
OU DAR SEQÜÊNCIA A BATALHA DE HECLÃS?

Com certeza, não sei se vai ser publicado, mas escrever vou sim, tenho um começo de uma história já, porém no momento estou me dedicando ao livro heclãs, estou na 2 parte de 3, então não posso no momento tirar o foco.

 

3 - QUAIS OS SEUS LIVROS PREFERIDOS?
Já li vários dessa nova onda, como: as crônicas de Nárnia, Percy Jackson, Harry Potter, até crepúsculo rsrs, eu prefiro os livros clássicos de literatura, de machado de Assis, José de Alencar etc.

 

4 - QUE CONSELHOS VOCÊ DARIA AOS NOVOS ESCRITORES
QUE  SOFREM DA MESMA DIFICULDADE
QUE VOCÊ TEVE?

sonhe!! e escreva primeiramente pra te satisfazer, pois se você escrever só por escrever, é 90% de chance dos outros não gostarem. Escreva como se fosse pra você e não para os outros, e como eu disse sonhe, que um dia dará certo e persista também. Pois qual é o preço de um sonho?.

 

5 - VOCÊ JÁ RECEBEU  ELOGIOS E CRÍTICAS ? O QUE ACHOU DELAS ?

Já sim, os 2. Estarei aberto a elas. Recebi algumas criticas construtivas e outras desagradáveis, mas acho que em todo lugar vai ter criticas assim, porém como eu disse, é um sonho meu que ta realizando...então pode vir as criticas, estarei aberto a elas.